Finalmente venho aqui contar-lhes coisas boas, sem reclamar!
Até domingo estava de férias na casa de meus avós, uma das poucas férias com meu pai já que ele esteve sempre trabalhando e suas férias eram de uma semana, uma vez por ano. Agora ficou diferente, ao voltarmos da Venezuela, país que moramos por causa do trabalho do meu pai, ele ficou desempregado e por enquanto trabalha por conta própria.
Até domingo estava de férias na casa de meus avós, uma das poucas férias com meu pai já que ele esteve sempre trabalhando e suas férias eram de uma semana, uma vez por ano. Agora ficou diferente, ao voltarmos da Venezuela, país que moramos por causa do trabalho do meu pai, ele ficou desempregado e por enquanto trabalha por conta própria.
Está sendo muito difícil pois o salário dele não é garantido no fim do mês, porém de outra perspectiva, vemos que ganhamos muito em questão de valores, princípios e atitudes. Aprendemos o verdadeiro valor do dinheiro e do sacrifício para consegui-lo, aprendemos a consumir conscientemente, descobrimos realmente o que é necessário ou supérfluo, passamos a viver com menos da metade do que precisávamos antes. Penamos no começo, mas aprendemos a ser felizes.
Não é só porque conseguimos a felicidade (ela estando dentro de cada um basta encontrá-la) que paramos no tempo, pelo contrário, como dito antes ganhamos muito e agora usamos isso para nosso cotidiano. Descobrimos um novo mundo e por incrível que pareça, não foi o dinheiro que proporcionou isso para nós, foi a falta dele.
Minha família está muito unida agora. Essa falência nos juntou numa casa menor, televisão menor, panela menor, mas criamos um amor maior. Embora unidos não perdemos a noção de quanto vale um Real, sabemos que ainda precisamos de dinheiro para supermercado e outras coisas, ainda mais com uma família grande assim: pai, mãe e quatro filhos.
E felizmente isso vai mudar. Não quer dizer que voltaremos a torrar dinheiro e comprar qualquer coisa que virmos pela frente, mas sim que meu pai voltará a ter um emprego, nós continuaremos felizes e dessa vez economizando.
Um beijo do João
7 comentários:
Bom retorno Joao!Parabens para voce e a sua familia que redescobriram valores que muita gente adulta esquece.Fico sempre espantada com seu talento para escrever com tao pouca idade...bjs
Obrigadi Nine, tento sempre retratar da forma mais realista possível o que se passa em minha vida.
"Aprendemos a ser felizes"
Sempre pensei que ser feliz é uma escolha, e sendo assim, a gente aprende a fazer as melhores escolhas. E, sim, são as perdas que trazem mais frutos que os ganhos, sempre.
Meu beijo
Oi João
Muita gente está procurando o amor e os valores que você encontrou.
Estão em falta por hora,no mundo todo.
Muito legal você sentir e escrever desta forma.
Bj
Guilhermina, querida, meu blog teve um pequeno problema e a atualização não está aparecendo nos outros blogs. Qnd vc tiver um tempinho, muda a url do blog, ta?
Beijos doces
seria menos doloroso se aprendessemos a viver de forma mais simples, já preparados para momentos de dificuldades, não?
pois é, mas não aprendemos e a vida nos dá a chance de rever os conceitos. que bom que conseguimos aprender com estes momentos, superá-los e sair mais fortes do que entramos.
hoje também passo por situação similar ao do seu pai, mas a cada dia aprendemos um pouco. no final, o que vale é o amor e união da família.
um grande beijo e boa sorte.
“A vida não está aí apenas para ser suportada ou vivida, mas elaborada. Eventualmente reprogramada. Conscientemente executada.
Não é preciso realizar nada de espetacular.
Mas que o mínimo seja o máximo que a gente conseguiu fazer consigo mesmo.”
Precisei ir buscar em Lya Lutf algumas palavras para deixar aqui.
Surpreendente João: lindo o seu texto. Beijo de sua fã.
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