Sempre defendi o direito a dor e ao baixo-astral. Não faço, de fato, uma apologia ao sofrimento, porém, quando não se tem motivo para rir, nada pior do que alguém querendo te contar uma piada.
O difícil é convencer o próximo de que a tua dor é legítima e que você precisa dela, assim como ela de você. Acredito sim que dor esvanece, diminui, se transforma. O que não dá é prá sair por aí achando que uma comédia no cinema ou no teatro afastará nossa dor. Não!
O que nos anestesia é um golpe maior de dor. Ao contrário da Comédia, a Tragédia. Assim sendo, fui ver Oidipus Filho de Laios. Mais trágico não havia! Infelizmente, não consegui uma cartase. Ontem já havia tentado com o aluguel do filme "Medos Privados em Lugares Públicos", que de deprê pouco tem, portanto, sem a desejada serventia.
Resta-me hoje ainda, "O Ensaio Sobre a Cegueira" - o filme - torcendo para encontrar nele uma luz!
Dizem que o melhor a fazer, em momentos de tristeza é olhar para baixo, procurando ao redor quem está em situação pior que a nossa. Verdade. Vez por outra funciona. Nem sempre.
Certo mesmo é a relatividade que tem o tempo, tão lento quanto a dor e tão rápido quanto a gargalhada.
Como dor sozinha não vive, ela procria, tento lembrar das filhas de antão. Das outras dores que tive e que acompanhei do nascedouro ao sumidouro, guardo a lembrança da tia Esperança! Esperar para alcançar, fazer para acontecer, sofrer para gozar. Será?
Aderbal
O difícil é convencer o próximo de que a tua dor é legítima e que você precisa dela, assim como ela de você. Acredito sim que dor esvanece, diminui, se transforma. O que não dá é prá sair por aí achando que uma comédia no cinema ou no teatro afastará nossa dor. Não!
O que nos anestesia é um golpe maior de dor. Ao contrário da Comédia, a Tragédia. Assim sendo, fui ver Oidipus Filho de Laios. Mais trágico não havia! Infelizmente, não consegui uma cartase. Ontem já havia tentado com o aluguel do filme "Medos Privados em Lugares Públicos", que de deprê pouco tem, portanto, sem a desejada serventia.
Resta-me hoje ainda, "O Ensaio Sobre a Cegueira" - o filme - torcendo para encontrar nele uma luz!
Dizem que o melhor a fazer, em momentos de tristeza é olhar para baixo, procurando ao redor quem está em situação pior que a nossa. Verdade. Vez por outra funciona. Nem sempre.
Certo mesmo é a relatividade que tem o tempo, tão lento quanto a dor e tão rápido quanto a gargalhada.
Como dor sozinha não vive, ela procria, tento lembrar das filhas de antão. Das outras dores que tive e que acompanhei do nascedouro ao sumidouro, guardo a lembrança da tia Esperança! Esperar para alcançar, fazer para acontecer, sofrer para gozar. Será?
Aderbal
5 comentários:
OI Aderbal! Estou no mesmo caminho que voce.Acho o luto necessario para toda separaçao ,perda,e cada um tem o seu.Ja escutei coisas absurdas tais como:_Ah !Mais ja passou 1 ano e 3 meses e voce ainda nao melhorou?Entao tem algo errado ,porque em geral em 6 meses se supera!Como se fosse receita de bolo...Entao caro Aderbal, o que posso te dizer é_ aguente firme, um longo e tenebroso inverno se aproxima ,mas uma hora a primavera vai chegar!Para nos dois!bjs solidarios.
Concordo! Para mim o luto é necessário e tem um valor que não se encontra em nenhuma diversão que o procure disfarçar. Acho que a gente tem que sentir tudo em plenitude, TODA a dor e TODA a tristeza. Assim, depois elas terão sido vividas por completo e como tudo que tem fim, nos deixarão livres.
Meu beijo
Aderbal, são ilusões essas idéias de que as dores dos outros amenizam as nossas. Somos egoístas, sabe? Seres, humanos, e egocêntricos - pricipalmente quando algo nos dói, no corpo ou na alma.
Admito que também defendo o direito à dor, à permitir-se sentir a dor, à todas as coisas e sensações que a dor nos provoca.
Mas, e defendo isso com muito mais garra, acredito que se a dor que toca no seu peito, nesse momento, não se esgotar em si mesma, nada será capaz de te acalmar. Observar a dor dos que te circundam, ah, muito menos isso!
Sentir dor é uma coisa; iludir-se para sofrer menos, é outra, completa e absolutamente diferente, pra não dizer corrosiva.
Dor dói, mas não pra sempre. E depois que passa, fica mais difícil de doer. Vai por mim..rs
Beijo carinhoso pra você!
Meus carinhos à nossa Rainha!
Meus beijos às meninas e aos meninos que vierem!
Penso que é muito difícil escrever e falar sobre a dor.Mais difícil do que isso só vivê-la.Mas concordo que quando ela está por perto,seja dentro ou fora de nós,é preciso enfrentá-la ou entendê-la,sei lá, sem rodeios.E aí não dá pra ouvir ou ver baboseiras...mas a vida tem seus mistérios e não é que as vezes,nos surpreende uma risada e,pronto...não é que percebemos que a cicatrizaçao está em curso?Pode ser.
Eduarda
Só depois do mergulho pode-se voltar à superfície... quem boia deixa-se apenas levar pela maré.
Bj
Guilhermina
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