É Carnaval! Se eu amo a festa? Não. Odeio? Também não. Falta-me folia por dentro, assim como meus pés desconhecem o samba. Mas gosto dos dias de folga debaixo do sol, da cervejinha, dos amigos para uma conversa e de olhar os corpos embalados no ritmo, os braços abertos e as cabeças para trás daqueles que parecem beber o ar. Gosto das vozes em uníssono, escondendo os desafinados, gosto da alegria efêmera e dos arco-íris de serpentinas cruzando caminhos e destinos. Apenas não fui feita para multidões. Sempre foi assim. Sou dos poucos e grandes amigos. Sou das relações ao invés dos contatos. Sou mais do toque do que das alegorias. Até gostaria de ter essa vocação para muitos, para o riso escancarado e sem pretensão, para as galeras, as arquibancadas... Fazer o quê? Preciso da intimidade, das longas conversas, do olho no olho, de pensar alto e junto, das questões que buscam respostas em mim e no outro. Preciso da eleição do olhar que me acaricia, de que saibam meu nome quando falam comigo e de que se apresentem, perdendo aos poucos as ressalvas, enquanto nossas defesas vão se tornado desnecessárias e perdendo a função.
Tenho passeado pelos blogs e encontrado de tudo. Se há um monte de baboseira, há também cantos agradáveis, gente que desconcerta, instiga, provoca... faz pensar, diverte, troca, comove e convida. Alguns têm tantos seguidores (não gosto desta palavra, mas enfim...) que parecem liderar uma legião. Acho admirável essa capacidade de aglutinar gente, construindo verdadeiras redes de intercâmbio...
Também no mundo virtual, parece que meu rumo é ao avesso, pois lá vou eu construindo intimidades... Aguardo as 2ªs feiras, como se tivesse um encontro marcado com o Renato do “Aperte o Alt”. A Susanna do “Topografia de Interesses” já tem até a senha da passagem secreta para esta esquina. A Nine prescinde de espaço individual, mas visita esta esquina e dela se tornou sócia, assim como Rita. A Jana criou um espaço aonde dá vontade de sentar para ouvi-la falar. Seu jeito é franco, sem rodeios. Respira juventude e aquela certeza de que vai conquistar o mundo. Que assim seja! Há também aqueles que moram na delicadeza. Mesmo que a indignação os tome de jeito, escolhem o jeito mais doce de dizê-la. Não dá pra não se comover com quem todo dia se pergunta “E agora, Maria?” Não se passa indiferente a quem nos promete que “O Mundo tem Inscrições Sempre Abertas”. E o que dizer de “Intersemiótica”? Contemplação em estado de puro, pronto para o intercâmbio de signos. E por aí vou seguindo, em busca de indignações, identificações e diversidade.
Tenho passeado pelos blogs e encontrado de tudo. Se há um monte de baboseira, há também cantos agradáveis, gente que desconcerta, instiga, provoca... faz pensar, diverte, troca, comove e convida. Alguns têm tantos seguidores (não gosto desta palavra, mas enfim...) que parecem liderar uma legião. Acho admirável essa capacidade de aglutinar gente, construindo verdadeiras redes de intercâmbio...
Também no mundo virtual, parece que meu rumo é ao avesso, pois lá vou eu construindo intimidades... Aguardo as 2ªs feiras, como se tivesse um encontro marcado com o Renato do “Aperte o Alt”. A Susanna do “Topografia de Interesses” já tem até a senha da passagem secreta para esta esquina. A Nine prescinde de espaço individual, mas visita esta esquina e dela se tornou sócia, assim como Rita. A Jana criou um espaço aonde dá vontade de sentar para ouvi-la falar. Seu jeito é franco, sem rodeios. Respira juventude e aquela certeza de que vai conquistar o mundo. Que assim seja! Há também aqueles que moram na delicadeza. Mesmo que a indignação os tome de jeito, escolhem o jeito mais doce de dizê-la. Não dá pra não se comover com quem todo dia se pergunta “E agora, Maria?” Não se passa indiferente a quem nos promete que “O Mundo tem Inscrições Sempre Abertas”. E o que dizer de “Intersemiótica”? Contemplação em estado de puro, pronto para o intercâmbio de signos. E por aí vou seguindo, em busca de indignações, identificações e diversidade.
Quanto à essa esquina... lembro-me de Bethânia, lá se vão muitos anos, no show “Pássaro da Manhã”: ... Trata-se de um espaço inacabado, porque lhe falta a resposta, resposta esta que espero que alguém no mundo me dê.
Como vocês veem, nem toda folia se faz de samba suor e cerveja.
Beijo,
Guilhermina
Como vocês veem, nem toda folia se faz de samba suor e cerveja.
Beijo,
Guilhermina
4 comentários:
Cara Guilhermina
Minha folia esta sendo de academia,cine, solidao e suor tb, porque esta um calor terrivel em SP.Ja nao espero mais respostas, companhia ja esta de bom tamanho!Se puder va ver o filme "O casamento de Rachel",sai do cine com a sensaçao de que é isso que procuro,uma confraternizaçao de raças ,credos e culturas diferentes.Existem problemas,nada é perfeito ,mas tb existe amor!bjs
E eu não sei pq as pessoas insistem em se ausentar de responder algumas coisas durante esse período.... Enfim!
Nunca acreditei em coincidências. Mas ainda fico muito admirada qnd vejo a tal 'lei da atração' trazendo pra vida da gente quem pensa igual, vive e brinca com as mesmas regras e suas respectivas transgressões!
Superficialidade não me atrai, pelo contrario, me repele! No dia que eu puder ser cativada pelos milhares do carnaval e tocar o coração de todos, eu estarei lá. (Isso acabou de inspirar o próximo post, viva o carnaval!!!! rsrs).
No mais, carnaval me trouxe até aqui! (Viva de novo!!! rs).
Dos blogs citados eu já sou fã da Jana. Acho uma menina admirável, dá vontade de ficar perto dela. Sinto-me tão indignada qnt, mas ela é mais invasiva nas idéias, e isso é maravilhoso! Admiro-a muito.
Mas as palavras que escolheste para meu espaço são tão tocantes para mim que não imagina! Delicadeza é muito desejada por mim, então ser reconhecida por ela é uma honra ^^
Ah Guilhermina (acho seu nome lindo!), vc já chega fazendo festa no coração da gente! Não nos oferece escolhas, correr pra esquina (como a gente faz pra encontrar os amigos e os segredos) torna-se necessário!
Agora faz parte!
Beijos doces
Olá Guilhermina. Eliza. Guilhermina. Eliza.
Adorei isso! Seu novo nome...rs.
Seu post foi simplesmente TUDO. Por anos venho tentando me explicar, colocar em palavras sentimentos internos. Mas nunca consegui. Muitas vezes me senti um peixe fora d'água, por ser tão diferente das pessoas agrupadas. Chego a me sentir uma ermitã vagando pela vida e vivendo de poucos ao redor. Seu texto foi a gota que faltava para clarear a compreensão das diferenças.
Você me permite copiar para o meu blog? Lógico dizendo que o texto é da sua autoria.
beijo.
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