quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

o que eu quero de mim?

Sempre que vou me referir a esse blog, troco as bolas chamando-o de “topografia da existência”, mas Susanna, sua autora, o nomeou por “topografia de interesses”. Para compreender meu ato-falho, só indo lá conhecer. Vale a pena. No último dia 9, em plena segunda-feira, começando o dia, ela se pergunatava “o que eu quero de você?”. Você — não sei quem é. Mas que diferença faz? Alguém a quem ela pedia que a livrasse. É o bastante.


Roubei-me anos até que compreedesse o imponderável desse pedido. Sim, também já o fiz, achando-o legítimo. Mas quem pode livrar-nos de nós mesmas? É preciso navegar-nos até o enfrentamento. Imprescindível decifrarmo-nos antes de sermos devoradas. O resto é encontro. Tecelagem da nossa confiança e da nossa aposta.

Vandré, o mesmo Geraldo que caminhou e cantou, que soube e fez a hora, ironicamente falando de flores, fez um “pequeno concerto que virou canção”. Essa música é texto em carne viva. Sem metáforas, em linha direta. Um hino ao recolhimento até a hora da nova expansão. Deixo-a nesta esquina para quem quiser reaproveitá-la. Arte é assim. Fonte que não se esgota. Mar de generosidade. Sobrevoo, e não sobrevida.

Um beijo,
Guilhermina



PS: Queridos, dois posts num só dia. Este meu e o de Rita, logo a seguir. Vamos abrindo a roda, colocando mais cadeiras, ouvindo mais gente. Essa é a idéia.
Outro beijo

5 comentários:

Susanna Lima disse...

Guilhermina, querida! Que bela mesa de café da manhã você me proporcionou, hein!!

Nossa, fiquei tão feliz em ler o seu texto, que o referenciei lá no topografia - que pode ser da existência, se te couber melhor.

Adorei a conversa. Puxei minha cadeira, e vou ficando por aqui, tá?

Beijos!!

Vanessa Motta disse...

"Sobrevoo, e não sobrevida."Peço licença pela invasão...mas é que fui convidada pela Bailarina e intensamente cativada pelas palavras e caras que encontrei por aqui...
Guilhermina nome forte que contempla as palavras...prazer em ler-te....

......

Susanna Lima disse...

Bailarina é um dos meus apelidos, Guilhermina..rs

Anônimo disse...

Vanessa, obrgada pela chegada gostosa. Puxe a cadeira, sente-se à mesa e pede uma bebida. A conversa tá só começando. Beijo para a Bailarina Sus-pensa e outro pra você.
Guilhermina

Fabiano Barreto disse...

Guilhermina,

a Susanna "convocou" e aqui estamos. Afinal, caçambas leais que somos sempre acompanhamos alguma corda.

Fizeste plena justiça ao acolher nesse espaço as palavras dessa menina. Trata-se de um tesouro em talento e personalidade.

parabéns e um abraço!